Luciana Monte da Silva, aluna do 5º. ano do Ensino Fundamental I, da EIEF Araujo Chaves; Fabianny de Sousa Silva, aluna do 7º ano do Ensino Fundamental II, da EIEF José Inácio Gomes Parente; e Yana Patrícia Sales Amorim, aluna do 2º ano do Ensino Médio, da Escola Estadual Ministro Jarbas Passarinho, foram as vencedoras do Concurso de Redação “Tempos de Escola”, em Sobral, CE.
O projeto Parceria Votorantim pela Educação, que promoveu o Concurso, parabeniza as direções das escolas, bem como os professores de Língua Portuguesa Francisco Quental de Figueiredo, Daybson da Silva Lima e Joyce Adele Albuquerque de Oliveira, que orientaram respectivamente as alunas nesse trabalho.
CONHEÇA ABAIXO AS REDAÇÕES:
Tempos de escola
Autora: Luciana Monte da Silva
Francisco Quental de Figueiredo nasceu na cidade de Brejo Santo, no estado do Ceará, em 20 de fevereiro de 1980, para a grande felicidade hoje de seus alunos, já que ele é um excelente professor.
Estudou na escola José Matias Sampaio e lá teve a honra de ser aluno da professora Maria da Paz, com quem descobriu as letras, a leitura e a escrita, e ainda o melhor de tudo, lhe fez enxergar o mundo de maneira diferente.
Ele conta que sua professora lhe motivava sempre na hora de ler, usando fantoches e contando histórias mirabolantes que às vezes faziam com que ele se transportasse para dentro da fantasia dos livros.
“O momento da redação para mim era o mais esperado, sempre gostei de criar e expor minhas ideias e amava mesmo era quando minha professora lia minha redação para toda a turma, isso me fazia sentir mais gente ainda, e além de gente, também muito importante”, lembrou ele, ainda muito emocionado.
Ele sempre achou muito importante e indispensável para a aprendizagem o uso e estudo de todas as competências para o crescimento intelectual do indivíduo. Apesar de sentir muita dificuldade na matéria de História, isso não significava que tinha que deixar de se esforçar e conseguir aprender. Nunca desanimava diante dos desafios colocados pela escola.
Uma das maiores dificuldades enfrentada pelo Francisco no seu tempo de escola, e que ele lembra sempre com muita emoção, foi a perda da sua mãe que se deu no meio do processo da construção de um ser cidadão, pois a mesma também fazia parte da história de educação do seu amado filho, também era responsável pela sua aprendizagem. Depois desse tão triste acontecimento, sua família passou a assumir um papel fundamental de incentivo à permanência dele na escola, já que se encontrava tão depressivo que nem a escola queria mais frequentar.
“Minha escola sempre foi para mim mais que uma simples casa, um ambiente sagrado, cheio de encantamento, de fantasia e de onde eu sempre pude enxergar um futuro brilhante”, diz Francisco pensativo.
Ele estudou desde seus cinco anos de idade, e ainda mesmo depois de se tornar professor não deixou de estudar, de ler, de escrever e pesquisar, pois garante a todos os seus alunos que, para ser um bom professor ou um bom profissional, seja de qual área for, tem que se aprender algo novo diariamente. E o mais importante é não se deixar abalar com os imprevistos que a vida nos prega e acabam surgindo no nosso caminho, para que nós possamos desistir, nos abalarmos e cairmos. O mais essencial ainda é essa postura que devemos ter diante dessas dificuldades, ser firmes, justos e compromissados, almejando o sucesso sempre e sonhando as maiores metas para sua vida, sabendo que nada é impossível quando queremos e podemos.
E para finalizar, deixo aqui um pensamento desse grande professor Francisco Quental Figueiredo: “Não tem CIDADÃO FELIZ sem antes de tudo ter passado pela ESCOLA”.
Na minha escola tem aula de teatro
Autora: Fabianny de Sousa Silva
Meu professor de teatro,um dia falou para nós em sua aula o seguinte, que o jogo teatral na educação é recurso para a preparação da vida e para proporcionar prazer. Na minha escola, assim como em outras escolas da rede pública, existe o projeto Escola Viva, que tem como objetivo despertar o interesse dos alunos pelas artes e ao mesmo tempo ocupar o tempo livre, já que o projeto funciona no contraturno. Eu estudo pela tarde e faço aulas de teatro pela manhã. Meu professor se chama Edson, e ele nos ensina muitas atividades legais, além das apresentações que fazemos.
Uma das coisas que mais gosto nas aulas de teatro é as brincadeiras que o professor traz, o que ele chama de jogos dramáticos. Toda semana ele traz uma brincadeira nova. Certa vez, ele trouxe uma brincadeira que se chamava “jogos teatrais com objetos” e pediu que trouxéssemos algum objeto de que a gente mais gostasse. Eu levei meu celular. Não desgrudo dele. A gente ficou entusiasmado em saber o que nosso professor iria fazer. A brincadeira foi a seguinte: ele pediu que colocássemos os objetos numa caixa que ele arranjou, depois ele iniciou uma história e de repente parou e escolheu alguém e mandou que essa pessoa retirasse um objeto e o incluísse na história. Foi uma atividade bastante agradável e difícil, pois trabalhou nossa capacidade de pensar rápido e criar.
É por isso que gosto muito de participar das aulas de teatro, pois o professor traz brincadeiras que nos desafiam. São atividades que trabalham nosso corpo, nossa mente e nossa voz. Antes de fazer teatro, eu pensava que os atores só trabalhavam a voz para falarem alto, mas que nada, eles trabalhavam tudo, corpo, voz e mente.
Além dos jogos que o professor traz, eu gosto das peças teatrais que ele nos propõe fazer. A peça que mais gostei foi a seguinte: “Criança, criancinha vamos todos estudar?”. A peça falava sobre o trabalho infantil. Ele escolheu essa peça para a gente participar do concurso do PETECA (Programa de Educação Contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente). Nós disputamos com mais três escolas de Sobral e ficamos em 2º lugar. Foi muito bom conhecer o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), pois garante os direitos e deveres de nós, crianças.
Espero que outras crianças possam conhecer a magia que é o teatro, pois aproveito as aulas que a escola oferece. Aprendo através do teatro a brincar e pensar sobre a vida.
O valor da educação
Autora: Yana Patrícia Sales Amorim
“Ao discutirmos esse tema nos sentimos obrigados a explicar algo que tem sido bastante ressaltado nas emissoras de televisão, em rádios e jornais.
Atualmente os estudantes não têm dado tanta importância para os estudos, por conta disto acabam se prejudicando, não somente na escola, mas também em suas próprias vidas. O que falta neles é sonhar e acreditar em si mesmos. Muitas das vezes o que eles precisam é de um empurrão e só assim poderão ser alguém na vida. Assim como existem pessoas que não têm interesse, existem aquelas que sonham alto e que apesar das dificuldades enfrentam todas as barreiras que aparecem, não se importando quão grandes elas sejam.
Maria de Lurdes e Ataliba Sales apesar de serem pobres e analfabetos, vivenciaram uma linda história de amor. Casaram e tiveram um bebê, mas não sabiam que isso mudaria suas vidas. Enquanto a felicidade tomava conta de seus corações pelo nascimento da filha, o médico lhes dava uma triste notícia: sua criança não era como as outras. A capacidade de pensar e falar seria afetada por um leve problema no cérebro. Seus pais choravam e lamentavam muito, mas nem por isso desanimaram, se esforçaram e lutaram para dar à filha uma boa educação, pois sabiam que a base dessa educação começaria no seio familiar.
Por ser especial seus pais deram-lhe o nome de Vitória. Enquanto crescia demonstrava forças para enfrentar os obstáculos que viriam no decorrer de sua vida.
Quando chegou o dia de entrar na escola, diferente das outras crianças, Vitória foi sorrindo,contradizendo o que o médico dissera. Mostrava ser inteligente e capaz, logo seus professores perceberam e a incentivaram a nunca desistir dos estudos, pois viam nela um grande potencial.
A menina que um dia foi considerada incapaz cresceu e se formou. Hoje procura ajudar crianças que assim como ela, enfrentam obstáculos por serem especiais. Hoje, professora formada, Vitória ensina outras crianças a lutarem e a persistirem por seus sonhos.
A educação é importante, pois nos ajuda a romper barreiras, a crescermos, a pensarmos diferente, não julgando as pessoas, mas mudando nosso modo de agir e de nos relacionarmos em grupo, mostrando que uma família estruturada e uma educação adequada é a chave do sucesso para qualquer ser humano. Quebrando assim, preconceitos de raças, níveis sociais e religiões.
Somente com uma grande mudança na educação teremos uma sociedade sem violência e miséria, construindo assim um país justo para todos sem desigualdades. Isso é um sonho possível de se realizar, basta acreditar e fazer a diferença, começando pelo o principal: uma boa educação.
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