Ainda falta um trimestre para o fim do ano, mas os anúncios de colégios e redes educacionais já começam a ocupar os espaços de propaganda. Número de aprovados no vestibular, posição em rankings e promessas de ensino diferenciado são algumas das estratégias usadas para conquistar a atenção dos pais e, principalmente, a matrícula de seus filhos.
Não é fácil optar diante da avalanche de informações, mas para escolher com sabedoria é indispensável que os próprios pais decidam: que tipo de formação quero que meu filho receba?
Tendo em vista que a melhor escola é aquela que melhor corresponde à expectativa da família, o jornal Gazeta do Povo, no Paraná, elaborou um guia com perguntas, reflexões e aspectos práticos que devem ser observados na hora de escolher uma instituição.
Contribuíram na construção dos tópicos as pedagogas Maria Silvia Bacila Winkler, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), e Paulla Helena Silva de Carvalho, das Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), além de vários pais que estão em busca de uma nova escola para seus filhos ou vão matriculá-los pela primeira vez.
Confira abaixo as dicas e os critérios a serem observados na hora da escolha:
Comunicação com os pais
A maioria das escolas adota a comunicação com os pais por meio da agenda dos alunos. As dos menores são preenchidas diariamente com informações a respeito do comportamento do aluno naquele dia, isso permite que a família acompanhe todo avanço ou dificuldade vivida pelo filho na escola.
Nas visitas que fizer peça para ver uma agenda como exemplo, repare se informam sobre a alimentação da criança no dia, a interação com os colegas de sala e a participação nas atividades propostas.
Pergunte sobre a frequência com que fazem reuniões de pais e esclareça todas as dúvidas quanto ao acesso que você poderá ter ao seu filho durante as aulas. Em algumas escolas a presença dos pais em qualquer hora do dia é liberada, em outras as visitas são limitadas.
Estrutura
No ciclo da educação infantil, quando o desenvolvimento motor está no centro das atenções, é preciso observar se os espaços são amplos e seguros, se há diversidade de ambientes e se há possibilidade de atividades ao ar livre.
Pense em como será a locomoção da criança no interior da escola, pergunte se há horários diferentes para o uso dos espaços por alunos maiores e menores.
Para os adolescentes o espaço para esportes costuma influenciar na escolha, mas primeiro defina se seu filho fará atividades esportivas apenas na escola ou se frequentará algum clube ou aula em outra instituição.
Quanto aos laboratórios e salas temáticas, procure saber o tempo que seu filho passará nesses espaços e avalie o quanto contribuem efetivamente para o aprendizado.
Proposta pedagógica
Mais importante do que saber o nome da teoria educacional na qual a escola se baseia é entender de que forma a escola trabalha essas ideias na prática, e que benefícios pode trazer ao aluno. O segredo para não ser confundido por promessas milagrosas é observar e comparar.
Ouça o que a pedagoga da escola tem a dizer e peça exemplos de como aplicam os princípios citados no dia a dia. Visite os ambientes e observe o comportamento de alunos e professores. Se houver incoerência entre o discurso e a prática vai ser difícil estabelecer uma relação de confiança entre escola e família.
Alfabetização
Essa é para quem precisa matricular o filho na educação Infantil. Há discussão na área acadêmica quanto à melhor idade para ter início o processo de alfabetização. Algumas redes municipais optam por adiar as atividades com letras para o ensino fundamental, mas quase a totalidade da rede privada trata do tema de forma lúdica desde o início da vida escolar.
Nesses casos é importante saber em que consistem as atividades. Nas visitas, repare nos trabalhos geralmente expostos na parede e pergunte pela idade das crianças que os fizeram.
Com informações da Gazeta do Povo (PR)
0 comentários:
Postar um comentário