Concordamos com a ideia de que a educação deve ser proporcionada a todos por constituir um direito e uma condição para o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Além de constituir um direito, também é um dos principais fatores, com certeza o mais importante, do desenvolvimento dos países. É fundamental que as nações entendam, em primeiro lugar que a educação constitui não um gasto, mas um investimento. Em segundo lugar, este é um investimento de longo prazo que deve expressar o compromisso de gerações e ser elevado a um projeto do Estado Democrático, para além das divergências partidárias de forças políticas que momentaneamente ocupam os papeis de governo e oposição, ou seja, a educação não deve ser um programa de Governo, mas de Estado.
Ademais, deve-se buscar a articulação dos diversos atores sociais, somando esforços de governos, setores empresariais e trabalhistas e da sociedade civil em geral. Há uma evidente correlação entre os níveis educacionais, cognitivos e comportamentais, das populações e o desenvolvimento dos países. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e métodos produtivos são requeridas novas aptidões. Não basta acompanhar as transformações, há que se ter a capacidade de antecipá-las. Daí a necessidade da educação ao longo de toda a vida. Este é um processo irreversível. O passo mais difícil, sem dúvida é transformar a retórica em ações concretas e priorizar os investimentos na educação, nas múltiplas dimensões do acesso, equidade e qualidade.
Este será o caminho do desenvolvimento equilibrado, com distribuição de renda e participação de todos na riqueza das nações - o verdadeiro desenvolvimento humano. Segundo o professor Albert Fishlow, conhecedor profundo da problemática dos países emergentes, "investir na educação é a forma mais eficiente para se conseguir uma melhor e mais justa distribuição de renda". A pessoa com maior nível de escolaridade é mais livre, e tem melhor possibilidade de acesso ao mercado de trabalho em constante evolução, característica desta era de globalização.
Gonzaga Mota – economista - Diário do Nordeste Opinião -IDEIAS
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